vamos partir na primavera e deixar forjado aqui. um caminho é também uma espera, tão longe. levamos terra e um pouco da nossa voz, a água que sair do corpo será um rio a pernoitar sempre.
“Encontramo-nos sempre no mesmo acaso. Numa espécie de lugar.
E quando os olhos se cruzam num desafio e procuram a palavra? Que posso dizer-te? E tu, que vens de mãos no abandono e que me podes dizer tudo, nada dizes?
[Conheces algum silêncio mais alto que esta casa?]
[Ontem parei à tua porta e trazia-te flores]
É por isso que te escrevo, para que possas acontecer neste espaço em que não te reconheço. Para que seja possível veres que não existo. Sim, que não existo.
[Não sei, mas nunca chegaste a viver aqui. Eu nunca te trouxe flores.]”
São cinco álbuns. A saber: *Fleetwood Mac* (1975), *Rumours* (1977), *Tusk*
(1979), *Mirage* (1982) e *Tango in the Night* (1987). Ou seja: uma revisão
da...
E que tal enviar o "chevalier" em missão diplomática a Moscovo?
"China moves to improve ties with South Korea, starting with tourism and
K-pop"
*(com a...
Tinha um irritante sorriso de bazófia e aquela distinta sobranceria de um
patrão, falava do seu percurso e de si próprio regurgitando há décadas a
mesma ...
Gold has long been hailed as a symbol of wealth and stability. Its shiny
allure captivates investors, collectors, and consumers alike. From ancient
civil...
Um dos aspetos mais interessantes das reações aos sucessivos anúncios
(diários) de Trump é a forma como se tenta racionalizar, por vezes mesmo,
digamos, ...
É tão triste, a casa. Fica como a deixaram,
Afeita ao conforto dos últimos a partir,
Como que para os reaver. Mas, despojada
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Duas despedidas tristes: a de Paulo Tunhas (1960), filósofo, cronista,
poeta, professor; e a de Luís Carmelo (1954), romancista, professor, poeta,
ensaís...
Bom dia, Cláudia, minha velha amiga
Vim para dois dedos de conversa
Porque uma visão insinuou-se
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*JOÃO MOITA*
Sentado ao fogo, junto da minha mulher, inquilina da minha solidão, recordo
os anos da juventude. Nessa altura, o mosto fermentava nas cave...
O português é sofrível, mas quer aprender programação neurolinguística.
Chumbou a história, mas prega a dieta paleo. Não pratica exercício, mas
cura-se c...
demasiado depressa o silêncio
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não consigo alcançar-te
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nem colher a tempo tudo o que devia
(tudo o que julgo que de...
não chamem logo as funerárias,
cortem-me as veias dos pulsos pra que me saibam bem morto,
medo? só que o sangue vibre ainda na garganta
e qualquer mão e ...
Gengoroh Tagame ainda é um nome pouco familiar entre leitores habituais de
manga (banda desenhada japonesa). No Japão, pelo contrário, é uma lenda
viva, se...
a ser vivido em directo no facebook e que me levou às boas-vindas deste
blog no longínquo ano de 2006
e o eterno desejo do regresso à bloggagem
boas tardes...
«Tu és como o Morrisey, *depois* dos Smiths», disse-me ele num bar qualquer
da Bica. Foi há muito tempo. E esta manhã, sem que eu saiba explicar
porquê, a ...
*CARTA AO FILHO*
filho, já não há sangue do meu correndo nas tuas veias,
há uma humidade opaca nesta ferida,
sinto-me um sopro enchendo a fissura da ro...
Quando o corpo se acomoda à linguagem silenciosa dos desenhos, desabitua-se
do penoso exercício da escrita. A clareza das imagens paralisa a fluidez do
dis...
Advent - the first Roman Catholic holiday of the year (Advent - coming from
the Latin). Advent is the Advent, which are associated with many rituals
and cu...
*Caros leitores, mudei-me para aqui.*
Depois da última paragem do Blogger e da perda de centenas de *posts, *não
havia outra solução. Este blogue será ...
LUZ NUM CÉU DE DIAMANTES
quando as ruas das cidades dormitório se esvaziam, os velhos tomam conta
das crianças pequeninas e contam-lhes, baixinho, uma his...
«Caminhava eu com dois amigos pela estrada, então o sol pôs-se; de repente,
o céu tornou-se vermelho como o sangue. Parei, apoiei-me no muro,
inexplicavelm...
"suponho que as pessoas, à força de se gastarem tanto a si e aos outros
pelas palavras, são pelo menos coerentes ao reconhecerem sabedoria numa
língua ca...
A «coisa» chamada Os Livros Ardem Mal – um encontro mensal no Teatro
Académico de Gil Vicente e este blogue – recebeu um dos Prémios
LER/Booktailors: o Pré...
Robert & Shana Parkeharrison
*se alguém disser que morri, avança até à varanda do céu,*
*escuta a noite e recolhe o meu corpo da espuma dos planetas.*
*nã...
'Agora tenho medo.' dizia. Tremia como a asa fria de um pássaro; pousava
devagar no poleiro, vinha cheio de sombra e entrava nos quartos com uma
humidade a...
apagar versus ajuntar
Ao invés de apagar os vários blogs "pessoais" que tenho tido ao longo
destes tempos blogosféricos, resolvi utilizar a ferramenta de
...
8 comentários:
:)
novo projecto
http://soundescapes.blogspot.com/
A partida não é um caminho fácil;
[a espera também não]
o 'sempre' soa a 'longe'
(soa a Primavera em Janeiro)
abraço
belo.
Abraços d´ASSIMETRIA DO PERFEITO
já é primavera?
(apetecia continuar a ler,
ler mais...)
abraço
Nuno, volta. :-)
"pablo neruda perguntou: pensando, enterrando lãmpadas nesta profunda solidão. Mas quem és tu, quem és?..."
eu digo: escreve.um momento.
“Encontramo-nos sempre no mesmo acaso.
Numa espécie de lugar.
E quando os olhos se cruzam num desafio e procuram a palavra? Que posso dizer-te? E tu, que vens de mãos no abandono e que me podes dizer tudo,
nada dizes?
[Conheces algum silêncio mais alto que esta casa?]
[Ontem parei à tua porta e trazia-te flores]
É por isso que te escrevo, para que possas acontecer neste espaço em que não te reconheço. Para que seja possível veres que não existo. Sim, que não existo.
[Não sei, mas nunca chegaste a viver aqui. Eu nunca te trouxe flores.]”
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