vamos partir na primavera e deixar forjado aqui. um caminho é também uma espera, tão longe. levamos terra e um pouco da nossa voz, a água que sair do corpo será um rio a pernoitar sempre.
“Encontramo-nos sempre no mesmo acaso. Numa espécie de lugar.
E quando os olhos se cruzam num desafio e procuram a palavra? Que posso dizer-te? E tu, que vens de mãos no abandono e que me podes dizer tudo, nada dizes?
[Conheces algum silêncio mais alto que esta casa?]
[Ontem parei à tua porta e trazia-te flores]
É por isso que te escrevo, para que possas acontecer neste espaço em que não te reconheço. Para que seja possível veres que não existo. Sim, que não existo.
[Não sei, mas nunca chegaste a viver aqui. Eu nunca te trouxe flores.]”
SEMPRE passei a vida entre o poema
e a vida entre o amor
e a fábula.
E sempre que colhia
esses espaços de luz precipitada
eu via a voz de deus
alevanta...
Ainda seguimos os fogos
cultivados de noite por homens
que lêem para se salvar
temos lido uns para os outros na busca
das coisas mais ofensivas, que possam
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*JOÃO MOITA*
Sentado ao fogo, junto da minha mulher, inquilina da minha solidão, recordo
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O português é sofrível, mas quer aprender programação neurolinguística.
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não chamem logo as funerárias,
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a ser vivido em directo no facebook e que me levou às boas-vindas deste
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boas tardes...
«Tu és como o Morrisey, *depois* dos Smiths», disse-me ele num bar qualquer
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porquê, a ...
*CARTA AO FILHO*
filho, já não há sangue do meu correndo nas tuas veias,
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Quando o corpo se acomoda à linguagem silenciosa dos desenhos, desabitua-se
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Advent - the first Roman Catholic holiday of the year (Advent - coming from
the Latin). Advent is the Advent, which are associated with many rituals
and cu...
*Caros leitores, mudei-me para aqui.*
Depois da última paragem do Blogger e da perda de centenas de *posts, *não
havia outra solução. Este blogue será ...
LUZ NUM CÉU DE DIAMANTES
quando as ruas das cidades dormitório se esvaziam, os velhos tomam conta
das crianças pequeninas e contam-lhes, baixinho, uma his...
«Caminhava eu com dois amigos pela estrada, então o sol pôs-se; de repente,
o céu tornou-se vermelho como o sangue. Parei, apoiei-me no muro,
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"suponho que as pessoas, à força de se gastarem tanto a si e aos outros
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A «coisa» chamada Os Livros Ardem Mal – um encontro mensal no Teatro
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Robert & Shana Parkeharrison
*se alguém disser que morri, avança até à varanda do céu,*
*escuta a noite e recolhe o meu corpo da espuma dos planetas.*
*nã...
'Agora tenho medo.' dizia. Tremia como a asa fria de um pássaro; pousava
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apagar versus ajuntar
Ao invés de apagar os vários blogs "pessoais" que tenho tido ao longo
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...
8 comentários:
:)
novo projecto
http://soundescapes.blogspot.com/
A partida não é um caminho fácil;
[a espera também não]
o 'sempre' soa a 'longe'
(soa a Primavera em Janeiro)
abraço
belo.
Abraços d´ASSIMETRIA DO PERFEITO
já é primavera?
(apetecia continuar a ler,
ler mais...)
abraço
Nuno, volta. :-)
"pablo neruda perguntou: pensando, enterrando lãmpadas nesta profunda solidão. Mas quem és tu, quem és?..."
eu digo: escreve.um momento.
“Encontramo-nos sempre no mesmo acaso.
Numa espécie de lugar.
E quando os olhos se cruzam num desafio e procuram a palavra? Que posso dizer-te? E tu, que vens de mãos no abandono e que me podes dizer tudo,
nada dizes?
[Conheces algum silêncio mais alto que esta casa?]
[Ontem parei à tua porta e trazia-te flores]
É por isso que te escrevo, para que possas acontecer neste espaço em que não te reconheço. Para que seja possível veres que não existo. Sim, que não existo.
[Não sei, mas nunca chegaste a viver aqui. Eu nunca te trouxe flores.]”
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