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diários de Eros I
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diários de Eros I
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Aquela maré despida em que inundava a certeza de que a noite não acabaria assim. O mar trazia-te de volta ao sorriso púrpura da cama em que naufragavam os dedos. Trazia-te de volta ao avesso da tua perfeição cingida como cintura ao meu corpo porque eras real. A noite trazia-te também. Como o silêncio em que trocávamos as mãos por números exactos de uma adição e respirávamos a matéria líquida do veneno. Conseguía estar longe de tudo quando a noite e o mar devolviam a herança de um corpo envenenado por outro: a solidão eras tu.
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3 comentários:
absolutamente
B E L O.
fico exilada neste imaginário
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naufragar na solidão. e sobreviver.
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